A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo dispõe a todos os artistas e/ou curadores de exposições de livre temática abertos para todas as linguagens das Artes Visuais convencionais (desenho, pintura, escultura, gravura, fotografia) e não convencionais (instalação, vídeo arte, objeto ou montagem especial), a regimentação interna do espaço cultural da Casa Monsenhor Celso voltada a sua ocupação, para que sejam devidamente orientados ao cumprimento das normas elencadas nos artigos que seguem.
Regimento para ocupação e utilização da Casa Monsenhor Celso
FANDANGO
O Fandango é uma reunião de várias danças chamadas “marcas”, que podem ser bailadas ou sapateadas. Tem-se registrada perto de trinta marcas diferentes e muitas outras existentes ainda, próprias de cada região em que se dança o fandango. Os homens batem o sapateado com tamancos, e o ritmo é entremeado de palmas. O acompanhamento é constituído por uma ou duas violas, uma rabeca e um pandeiro. Somente os músicos cantam. O fandango é dançado em todo litoral paranaense; começa no início da noite e só acaba ao amanhecer. Em alguns pontos da baía de Paranaguá é dançado em cima do arroz, a fim de tira-lo do casco. A isso se chama “fazer gambá”.
O Fandango paranaense, rico em diversas expressões no Litoral do Paraná é uma é uma das mais importantes manifestações folclóricas do estado.
O fandango chegou ao nosso litoral com os primeiros casais de colonos açorianos, por volta de 1.750, passou a ser “batido” principalmente durante o “entrudo” (precursor do carnaval). Durante estes quatros dias a população do litoral paranaense não fazia outra coisa senão bater tamanco e comer barreado, que é um prato típico a base de carne e toucinho. A bateção começava à boca da noite de sábado, terminava pela manhã, descansavam durante o dia e assim por diante até zero horas de quarta-feira de cinzas.
O fandango parnanguara é um misto do fandango espanhol (Dança de andamento vivo, em compasso ternário ou binário composto, cantada e sapateada ao som de guitarra e castanholas), com as danças dos nossos índios carijós.
Com os primeiros casais (açorianos) se espalharam pelos recôncavos do nosso litoral. E, como era natural, sentindo nostalgia de sua terra natal, procuraram recordar à pátria distante com danças de sua terra. Então em contato com os indígenas, cuja dança também era de roda, eles acabaram incorporados e formando o “Fandango” – que é um misto do fandango espanhol com as danças dos nossos índios Carijós. Esse Primeiro contato deu-se primeiramente na Ilha da Cotinga e demais ilhas da baía de Paranaguá.
Existem 30 marcas diferentes e muitas outras, próprias de cada região em que se dança o fandango. Algumas conhecidas do Litoral do Paraná são: Anú, Queromana, Tonta, Andorinha, Cana Verde, Marinheiro, Feliz, Xarazinho, Xará Grande, Dondon, Chamarrita, entre outras. Os fandangos são dançados em ambiente fechado; principalmente, ou abertas, mas é necessário um chão de madeira, de modo que haja a devida ressonância do batido do tamanco (madeira). O acompanhamento é feito por uma ou duas violas; uma rabeca e um adufe (Pandeiro), e ás vezes caixa de bumbo. Os fandangueiros; homens e mulheres usam tamancos de madeira.
No Mercado do Café, acontece a cada quinze dias o Baile do Fandango, organizado pela SECULTUR. Conta com a participação dos grupos de fandango de Paranaguá, sendo um grupo diferente a cada baile. O baile acontece aos sábados a partir das 22:00.
BOI DE MAMÃO
O Boi de Mamão é uma das teatralizações do Auto de Boi Brasileiro – manifestação que se encontra de norte a sul do país. Trata-se de um auto de ressurreição, em que o personagem Pai Mateus – dono do Boi-de-Mamão é morto por uma chifrada do Boi durante uma brincadeira. O Boi fica muito triste, pois não era essa a sua intenção e os participantes cantam para chamar o Dr Girão – um médico que apela para a simpatia para ressuscitar o morto. Com o Mateus vivo, as pessoas celebram com muita dança e música o Auto do Boi-de-Mamão.
BALAINHA
Os casais usam arcos de flores numa coreografia simétrica. Essa dança saúda a natureza e as flores. Seu ponto alto é a formação do Balaio com os arcos de flores.
PAU-DE-FITA
É um agradecimento pelo bom trabalho e pela fertilidade da terra. Os casais dançam segurando nas mãos fitas que são trançadas no mastro que fica no centro da roda.
ROMARIA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO
A Romaria do Divino é uma manifestação da religiosidade popular das pessoas da Ilha dos Valadares – Paranaguá – PR. A Romaria visita as casas da região e ilhas próximas, abençoando casas e cumprindo promessas de várias pessoas da comunidade que mantém a fé nesse culto popular. O período que ela se dá é em Pentecostes, que vai da Páscoa até 50 dias depois, o dia de Pentecostes.
As origens dessa manifestação estão em Portugal da Idade Média. Em Paranaguá ela tem a seguinte configuração: duas bandeiras do Divino, onde as pessoas amarram fitas de cetim com promessas e pedidos; a música é acompanhada por viola, rabeca, caixa e voz. As melodias são muito elaboradas e sofisticadas e as vozes são divididas em naipes diferentes e sempre muito afinadas, qualquer pessoa se espanta ao saber que os tocadores do Divino nunca tiveram noção sobre música formal, não sabem o nome das notas. Ou seja, aprenderam, “de ouvido”, com seus antepassados ou pessoas mais idosas da comunidade, por isso carregam a responsabilidade de cumprir com a promessa religiosa e zelar pela sua preservação.
TIO CHIPÁ
Tio Chipá vem de Tio achipá família de entidades africanas as quais corrigiam os indivíduos que de algum modo se desviassem das suas origens. Resquícios desta manifestação ainda permaneceram gravados nos costumes do povo do litoral de uma forma inconsciente e engajado nas atividades de entretenimento de carnaval. Tio chipás são figuras vestidas de panos floridos cobertos até a cabeça, levam consigo um bastão bem leve para bater nas pessoas e tinta preta para lhes pintarem a face. Em alguns lugares do Litoral estas figuras são conhecidas como Mascarados ou dominó.
CAVALO DE CESTO
O cavalo de cesto também é uma manifestação de carnaval e se origina das burrinhas do Boi de Mamão, possui musicalidade própria e muito percussiva com temas que variavam a cada ano, homenageando ou satirizando períodos.
ARTESANATO
O artesanato de Paranaguá é de contribuição indígena e caiçara, com uso de matérias-primas como a madeira, a palha, o barro e as fibras vegetais empregadas na confecção de utensílios domésticos, brinquedos, instrumentos musicais e objetos de adorno. Dentre as técnicas de artesanato nativo destacam-se a cestaria, a cerâmica e o entalhe em madeira.
É feito nas ilhas e comunidades caiçara e pelas famílias indígenas que habitam a Ilha da Cotinga. Quando necessitam utilizar a madeira é preciso pedir autorização ao IAP – Instituto Ambiental do Paraná – que manda um técnico no local para verificar se há condições de uso sem prejudicar o meio ambiente.
- 2023
Os projetos foram contemplados e apresentaram conteúdos artísticos e culturais das seguintes modalidades: Música, Dança, Teatro, Show de Humor, Cultura Popular, Cine/Foto/Vídeo, Literatura, Artes Visuais (pintura, escultura e desenho), Contação de História, Educação Patrimonial, Circo, dentre outros.
Projetos classificados:
- “Paranaguá a pé: As construções religiosas do centro histórico” – Marcela Cristina Bettega
- “O legado das artes visuais em Paranaguá: Da pré história aos precursores” – Beni Moura Cardozo
- “Dirigindo o espetáculo” – Mariana Zanette de Oliveira
- “Viola, da madeira ao som” – Aorélio Domingues de Borba
- “Rabeca, da madeira ao som” – Aorélio Domingues de Borba
- “Ivanovick – Fotografando Paranaguá” – Ivan Carlos de Souza
- “Produção de Tainha no azeite de cataia” – Doglair Albini Júnior
- “Linda Paranaguá” – Aroldo Amer Ribeiro
- “Dancing in the house” – Wellington dos S. Quinto
- “Como publicar um livro de forma independente” – Katia Regina Muniz Santos
- “Angelo Reis – Grafite” – Angelo dos Reis Corrêa
- “Paranaguá a pé: As Fachadas do Centro Histórico” – Marcela Cristina Bettega
- “Produção!!! Um espetáculo” – Mariana Zanette de Oliveira
- “Capelinha” – Eloir Paulo Ribeiro de Jesus
- “Mestre Zeca da Rabeca: As marcas que compõe o Fandango” – José Martins Filho
- “Ivanovick: fotografando arte em casa” – Ivan Carlos de Souza
- “A dança do ventre é para todos” – Ezilda Lane Dolenga
- “Aprendendo Violão desde zero” – Ruddy Keilor Castillo Rojas
- “Caricatura: “Uma nova visão de mundo”” – Rafael Palotino
- “Stiletto” – Isabelle Cristina G. de Oliveira
- “Sou baiano da baía de Paranaguá” – Juan Roseno Miranda da Silva
- “Iniciação ao Violão tendo como base a Música Popular Brasileira ” – Renan Mattar Leister
- “Street Girls” – Denia Gabriele Silva Borges
- “Banda Calico Jack – Ep Calico Jack “Off”” – José Henrique Mendes Sellmer
- “Projeto Locking Base – Claudio Fernandes” – Claudio Henrique do Nascimento Silva
- “Projeto Hip Hop Kids – Claudio Fernandes ” – Claudio Henrique do Nascimento Silva
- “Belesa Livre – Empoderamento nas redes” – Joice Cristina Cardoso
- “Aprendendo a ler partituras” – Ruddy Keilor Castillo Rojas
- “A final, Street Dance, Dança de Rua, Danças Urbanas ou Hip Hop?” – Wellington dos S. Quinto
- “Conhecendo o teatro de bonecos com Cia. La Polilla” – Ederson Aparecido de Souza
- “Marcelina, do Teixeira e a pesca artesanal” – Brunna Cristina Rosa de Lima
O Projeto premiou a produção de bens culturais de natureza material e conteúdos que abordaram temas de natureza imaterial desenvolvidos por agentes culturais nos mais diversos segmentos de saberes e fazeres, fomentando a economia criativa e gerando registro e ampliação do acervo artístico-cultural desenvolvido no Município, em conformidade com a Lei 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc, da Lei Federal nº 13.979/2020 de Paranaguá.
Projetos classificados:
- “Chin Beats Paralelos” – Guilherme Covolan Vianna
- “O Cajón nos ritmos brasileiros” – Eli Roberto Alves Moura Filho
- “Drum cover” – Eli Roberto Alves Moura Filho
- “Repulsive System – Live” – Diego Pontes Floriano
- “Bossa Nova – O Tom do amor” – Débora Tutschke da Silva Ribeiro Palotino
- “Rodolfo y Roseno – Entre nós” – Juan Roseno Miranda da Silva
- “O mundo voz, violão e cajón na terrinha” – Marcelo Pereira dos Reis
- “Induo – Show online” – José Henrique Mendes Sellmer
- “Iniciação ao Violão brasileiro” – Renan Mattar Leister
- “Regional Chôro Caiçara” – Renan Mattar Leister
- “Iniciação ao Cajón” – Mario Luiz Barboza junior
- “Contramestra Jana – Capoeira candeias” – Janaina de Souza
- “Banda Calico Jack” – José Henrique Mendes Sellmer
- “Marco Pinheiro” – Marco Aurélio Pinheiro Júnior
- “Desenvolva suas próprias técnicas vocais” – Marco Aurélio Pinheiro Júnior
- “O velho, o burro e o manguezal” – Rogério Soares
- “A lenda da perereca” – Rogério Soares
- “Guilherme Costa” – Guilherme Albo Costa
- “Caligrafia e Lettering ” – Mario Alves Cunha
- “Um pão para cada vizinho” – Ruddy Keilor Castillo Rojas
- “O objeto culposo” – Ruddy Keilor Castillo Rojas
- “Break dance, top rock e footwork – BBOY Stuart” – Thiago Santos Dina
- “Piece bombing – Mateus Piovesan ” – Mateus Fernandes Piovesan
- “Fermentando Paranaguá – Gengibirra” – Leonardo Kossatz Lopes
- “Fermentando Paranaguá – Kombucha” – Leonardo Kossatz Lopes
- “Du rap: A voz do suburbano” – Anderson Santos Fermino
- “Mãe do Paraná: Turismo ecológico” – Alysson Daniel Pereira Lopes Gager
- “Mãe do Paraná: Turismo urbano ” – Alysson Daniel Pereira Lopes Gager
- “Mistério dos Orixás” – Carla Cristina Araujo Lopes
- “A bateira no Itiberê” – Wilson Leandro
- “Estudante do Mundo” – Guilherme Albo Costa
- “Percussão – Samba, axé, sertanejo” – Eduardo Soares Maia Carvalho de Paula
- “Aroldo Amer” – Aroldo Amer Ribeiro
- “Nhandereko – O nosso jeito de ser e de bem viver” – Juliana Kerexu Mirim Mariano
- “Somos todos um – A trajetória de Wanderlem Silva” – Wanderlem Firmo da Silva Júnior
- “Biblioteca virtual do Fandango” – José Carlos Muniz
- “Captação básica em show ao vivo” – Kleber Ribeiro dos Santos
- “Básico de audio com introdução de consoles digitais” – Kleber Ribeiro dos Santos
- “História de mais um bagrinho na música” – Marcelo Pereira dos Reis
- “Kauã Zini” – Afonso Mendes Ereno
- “Fandango: boiadeiro das marés” – Wilson Leandro
- “Kauã Zini” – Afonso Mendes Ereno
- “Live – mixagem” – Felipe Gustavo Silveira Borba
- “Como montar um rider técnico” – Felipe Gustavo Silveira Borba
- “Pérolas da MPB – A voz feminina no samba” – Débora Tutschke da Silva Ribeiro Palotino
- “Projeto Coletivo Ubá” – Luiz Augusto Santos de Oliveira
- “Som de Caranguejo” – Claudson Victor Quetes Lana
- “Lagamar sons” – Luiz Augusto Santos de Oliveira
- “Fernando Lobo” – Fernando Lobo
- “Ellen Be” – Ellen Eloyse Correia Pereira
- “Rodolfo y Roseno – Maré Cheia” – Rodolfo Norberto Pereira
- “Mestre Aorelio Domingues e a música tradicional caiçara” – Aorelio Domingues de Borba
- “Marília Cavallari” – Marília Pevidor de Carvalho Cavallari
- “Regência coral para iniciantes ” – Marília Pevidor de Carvalho Cavallari
- “Fragmentos poéticos da terra caiçara” – Aorelio Domingues de Borba
- “Gabriel” – Gustavo João Quenehenn Berbert
- “Peixe Morto” – Elizangela Sarraff
- “Julia da Costa – Alma de poesia e sombra” – Genildo Angelo Silva
- “Quem casa, quer casa, em casa” – Breno Oberdan da Silva Alves
- “Gaiolas” – Elizangela Sarraff
- “Tributo ao Rei do Pop” – Claudio Henrique do Nascimento Silva
- “Fandango Mandicuera” – Caetano Pires Tossulino – Associação Mandicuera
- “Salvaguarda de batidas” – Caetano Pires Tossulino – Associação Mandicuera
- “Adufo no Fandango” – Eloir Paulo Ribeiro de Jesus
- “Conhecendo os estilos separados” – Wellington dos S. Quinto
- “Dançando por Paranaguá” – Wellington dos S. Quinto
- “Passos da capoeira de angola” – Walter Rodrigues Veloso
- “Prazer, capoeira. Conhecer para respeitar” – Walter Rodrigues Veloso
- “Causos do Teatro Parnanguara” – Julio Cristiano de Souza Corrêa
- “A fonte – a sabedoria das fábulas” – Julio Cristiano de Souza Corrêa
- “Edson e Mael” – Eduardo de Paula
- “Prazer, eu sou locking” – Claudio Henrique do Nascimento Silva
- “Mestre Zeca” – José Martins Filho
- “Gio Negromonte” – Giovanni Fanini Negromonte
Os ensaios do coral acontecem às segundas e quintas, das 18h às 21h, na Estação Ferroviária.
Dos Objetivos do Coral Municipal de Paranaguá
1.1 O Coral Municipal de Paranaguá visa difundir o contato, instrução e fruição cultural através da arte musical por meio da prática do canto coral, através da realização de ensaios periódicos e apresentações musicais de seus resultados artísticos;
1.2 Representar o Município de Paranaguá, suas tradições e riquezas culturais dentro e fora de seus limites territoriais;
1.3 Manter intercâmbio cultural com entidades similares, participando de encontros e Festivais Musicais;
1.4 Proporcionar acesso cultural a todo Munícipe, garantindo o direito constitucional de desfrute de bens culturais;
1.5 Sensibilizar e criar uma cultura de Paz através da arte;
1.6 Revelar talentos na área musical;
1.7 Integrar-se aos demais objetivos da Política Cultural do Município de Paranaguá.