Também chamada de “Fontinha” e “Fonte de Cima”, sua construção remonta ao século XVII e é a mais antiga construção em alvenaria militar do município. Olho d’água natural e potável, que os índios Carijós chamavam de Camboa, e que significava lugar de água boa. Foi o primeiro reservatório de água do litoral, servindo à vila e depois ao povoado de Paranaguá por mais de 200 anos. De características nitidamente coloniais, foi construída com pedras que serviram de lastro aos navios negreiros originalmente. Abastecia os navios veleiros com “aguada”, que aportavam no Taguaré (primitivo nome no Rio Itiberê) como última etapa antes de cruzarem o oceano.
Conta uma antiga lenda, que os índios no começo do povoado envenenaram a água para hostilizar e afastar os coloniadores, mas, que Nossa Senhora do Rosário teria salvado os colonizadores da morte, o que fez com que os índios liberassem a Fonte. No fundo escuro e misterioso do subsolo, há uma caixa que se alonga em galeria, atravessando a cidade no sentido leste-oeste, até a localidade Porto dos Padres. Dizem que semelhante saída servia de refúgio dos Jesuíta, quando da perseguição provocada pela Lei Pombalina, que baniu a Ordem do Brasil. A fonte foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1964.
Localiza-se na Praça Pires Padrinho – Ponta do Cajú